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tipos de memória sensorial

O Que A Memória Sensorial Representa E Como Aproveitá-la?

A memória sensorial representa a porta de entrada dos primeiros estímulos recebidos pelo cérebro antes dele processar qualquer informação a nossa volta.

Ela está sempre trabalhando, seja consciente ou inconscientemente, hora como vigilante e outra como expectadora da própria mente.

Quando estamos dormindo desprotegidos e sentimos cheiro de fumaça, ela imediatamente alerta o cérebro para nos retira da cama. Quando vislumbramos uma bela paisagem, ela transmite para o cérebro as imagens que se tornarão memoráveis mais tarde.

Quando queremos conhecer os tipos de memória humana, a sensorial entra como a primeira delas, que sem dúvidas são as portas e janelas da nossa mente.

O Que É Memória Sensorial?

A memória sensorial é a retenção de informações percebidas pelos nossos 5 sentidos antes deles serem processados em nossa memória de curto prazo. É responsável por prover os estímulos visuais, auditivos, táteis, olfativos e gustativos para a nossa memória.

Em nosso cérebro ela representa áreas e terminações nervosas responsáveis pelos órgãos sensoriais e tem uma enorme velocidade. Mas por outro lado a retenção feita por ela tem curtíssima duração, apenas até que seus impulsos elétricos cheguem até a memória de curto prazo, que posteriormente pode as descartar ou não.

A memória sensorial é um mecanismo automático de percepção e não faz processos cognitivos avançados em nosso cérebro.

Ela é conhecida como uma memória de carregamento para nosso cérebro processar informações dentro da memória de trabalho, que depois escolhe se a envia ou não para a memória de longo prazo.

A capacidade dela receber informação é enorme e pouco disso conseguimos perceber ou memorizar a nível consciente. Como ela trabalha no automático até mesmo quando estamos adormecidos, se apresenta como de caráter pré consciente.

A memória sensorial na psicologia também é definida como a propriedade de nos lembrarmos dos estímulos sensoriais obtidos após processos cognitivos produzidos no cérebro. Como quando nos lembrarmos de um local após o relacionamos a um perfume por exemplo.

Esse significado dentro da psicologia é válido, uma vez que a memória sensorial participa do processo de memorizar. Os estímulos sensoriais percebidos por nós, percorrem as redes neuronais, são processados e no momento de serem estimulados novamente, percorrem o mesmo caminho que os formou na primeira vez.

Isso significa que a memória sensorial é, a priori, a própria lembrança guardada na nossa memória. Sobretudo aquelas contidas na memória de longo prazo.

Quais São Os Tipos De Memória Sensorial

tipos de memoria sensorial

Os tipos de memória sensorial existentes são correspondentes aos nossos 5 sentidos. Eles trabalham independentemente e se distinguem em velocidade, região em que tem papel no cérebro e também no seu tempo de retenção.

Nossos sentidos coletam informações muito detalhadamente e tem uma enorme capacidade, porém, tem uma memória de curtíssima duração.

Eles também são sobrescritos por novos estímulos a todo o momento, e após isso não podem mais ser recuperadas, ao menos que estejam em nossa memória de curto prazo.

O processo de descarte ou não desses estímulos é feito nessa memória de trabalho, que tem capacidade pequena de reter cerca de 5 a 7 itens por vez.

A memória de curta duração é dependente e trabalha em conjunto com a memória sensorial, que funciona como um filtro para as informações uteis.

Apesar de termos mais de 3 tipos diferentes de memórias sensoriais, apenas essas foram estudados tão profundamente:

  • Memória Icônica
  • Memória Ecoica
  • Memória Háptica

Que representam a memória visual, auditiva e tátil respectivamente. Vamos então ver alguns exemplos de memória sensorial e quando são utilizadas.

Memória Icônica Ou Memória Visual

olhos visualizando cores

A nossa breve memória visual retem informações sobre o que enxergamos por apenas 500 milissegundos. O tempo suficiente para seu impulso elétrico persistir no lobo occipital, local aonde é armazenada a memória sensorial do que vemos.

Quando olhamos uma imagem e fechamos os olhos para a visualizar mentalmente, já não estamos enxergando a imagem real e sim o essencial sobre aquela imagem que agora está retida em nossa memória de curto prazo.

Quando falamos sobre a memória icônica, não podemos confundir com a memória fotográfica ou memória eidética. Que é a capacidade de memorizar coisas que vemos com perfeição.

Um exemplo de memória sensorial icônica sendo utilizada acontece quando acordamos durante a noite e acendemos uma luz da casa. Quando voltamos a apagar a luz, alguns traços visuais continuam em nossa visão, e essa é a nossa memória icônica funcionando.

Memória Ecoica ou Memória Auditiva

escultura de ouvido de pedra

A nossa memória auditiva tem efeitos de retenção superiores da memória visual, durando entre 2 a 3 segundos a mais em média, porém, com menor capacidade de guardar processos sequenciais.

Esses estímulos auditivos são percebidos pelo lobo temporal do cérebro aonde os sons ficam memorizados brevemente.

Após os efeitos dos impulsos elétricos em nossas redes neuronais, a memória de curto prazo terá novamente o papel de tornar o que ouvimos memorizado ou não.

Um exemplo da memória sensorial ecoica em ação está quando ouvimos o nome de uma pessoa e a solicitamos que repita seu nome novamente.

Temos consciência que ela está emitindo o mesmo som e palavra que já havíamos escutado, mas só não fizemos o devido processo cognitivo para lembrar.

Memória Háptica ou Memória Tátil

homem abraçando e sentindo arvore

Nosso corpo está coberto por receptores táteis, o que nos dá sensibilidade sobre o que tocamos, temperatura, textura, forma e inúmeras outras percepções externas.

Ela também pode ser gravada por curto período de 2 segundos em média. Mas é mais abrangente do que as demais, pois por receber estímulos de várias áreas do corpo, também reflete sobre toda a superfície do cérebro.

O papel do lobo parietal é diferenciar nos aspectos da memória háptica e suas percepções. Pois é ela que relaciona as regiões do corpo com determinadas áreas do cérebro.

Pela alta complexidade, a memória háptica não é tão bem estuda até o momento, mas podemos entender bem sua função ao longo da vida. A sensação de ter tocado uma tomada e levar choque quando criança, nos garante ter vivenciado a experiência de seu perigo para sempre.

Como Aproveitar Melhor A Memória Sensorial No Dia A Dia

gravura de homens trabalhando a memoria sensorial

Não existe forma melhor de aproveitar esses sentidos do que uma forte intenção de se entregar ao momento. Utilizar a memória sensorial ao nosso favor não é nada mais do que manter a atenção alta, nos concentrarmos no agora e ter foco principalmente no que é importante.

Tanto nossa memória visual, auditiva e tátil, quanto todas as outras, podem perdurar por mais tempo com esse estado mental.

Os experimentos feitos nesse campo utilizam conhecimentos principalmente sobre a memória icônica, mas é compatível com estudos já feitos sobre a nossa neuroplasticidade cerebral.

E acredite, o ganho de poucos milissegundos em nossos processos cognitivos representa muito desempenho no universo dos neurônios. Além de que o foco também possibilita um melhor proveito da nossa memória de longo prazo para nos lembrarmos melhor mais tarde.

Algumas práticas de meditação como no Minfulness é recomendada e pode nos colocar em estado de atenção plena com muita simplicidade.

Muito do que fazemos espontaneamente já nos coloca em estado de abertura a novas experimentações. Mas pouco percebemos sobre como o fazemos ao longo da nossa vida.

ritual com cores para atingir memoria sensitiva

Desde os primórdios nossos antepassados buscavam modificar a forma de percepção sobre o mundo ao redor. Muito disso tem a ver com a história das drogas, rituais cheios de simbologia e significados, que de propósito davam contornos e contexto a eventos fúnebres ou de celebração.

Nada por acaso! Todas elas são formas lúdicas de tornar nossa vida mais participativa com os acontecimentos marcantes que não queremos esquecer.

Essas formas de implicar com nossas percepções funcionam, tanto quanto colocar bexigas com cores e música em momentos animados por exemplo. Eles aproveitam nossa memória sensorial para que seja mais significativa, pois as relacionam com outros eventos em curso.

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